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terça-feira, 17 de outubro de 2023

Requalificação de 8 antigas Estações Ferroviárias no Alentejo


Já foi lançado o concurso para a requalificação de oito antigas estações ferroviárias, no Alentejo. O objetivo é dar-lhes novas utilizações para fins turísticos.

Os concursos para atribuição dos direitos de exploração, sobre imóveis do Domínio Público Ferroviário, foram lançados esta sexta-feira, 13 de outubro, numa cerimónia em Alcácer do Sal.

As estações em causa são: Estação de Baleizão, Beja, Estação de Quintos, Beja, Estação da Ponte do Guadiana (Beja), Estação de Casével (Castro Verde), Estação de Pias (Serpa), Estação de Serpa/Brinches (Serpa), Estação de Pavia (Mora) e Estação do Cabeção (Mora).

«Estas antigas estações ferroviárias serão objeto de requalificação e valorização, promovendo o desenvolvimento regional e local, através de novas utilizações para fins turísticos, ficando sujeitas a várias regras de utilização e de gestão em rede, como o uso da marca Revive Natureza, o consumo de produtos locais, a sustentabilidade ambiental e a valorização do território», explica a Secretaria de Estado do Turismo, Comércio e Serviços.

Os interessados podem apresentar as suas candidaturas até ao próximo dia 12 de setembro.

Para Nuno Fazenda, secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, «o Revive Natureza constitui uma oportunidade para que estas estações e outros imóveis, devolutos há décadas, sejam objeto de requalificação».

O governante acrescenta ainda que «este é um importante instrumento de valorização do património edificado e natural, revitalizando, através do turismo, património público abandonado e em degradação».

 

Fonte: SulInformação

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Interface ao TGV em São Paio de Oleiros


Feira propõe criação de interface ao TGV em São Paio de Oleiros.

A Câmara de Santa Maria da Feira defende a criação de um interface no concelho com ligação à futura Linha de Alta Velocidade (TGV), tendo a Linha do Vouga acesso à mesma. A proposta, que foi dada a conhecer pelo presidente da Câmara, Emídio Sousa, em reunião do Executivo, foi aprovada por unanimidade.

O autarca explicou ao JN que o projeto de execução do futuro traçado da Linha de Alta Velocidade terá de ter o acordo do Município, pelo que aproveitará esta ocasião para defender a construção da referida interface.

Emídio Sousa considera ser oportuna esta ligação entre a Linha do Vouga e a Linha de Alta Velocidade, tendo em conta um ponto de “interceção”, previsto no traçado, para a zona da freguesia de São Paio de Oleiros.

“Vamos defender que seja construída esta interface, prevendo que a futura Linha possa receber também outros comboios, que não apenas de alta velocidade”, sublinhou o autarca. E detalhou: “Esta interceção [com a respetiva interface] poderá servir cerca de meio milhão de habitantes a sul do Porto e a norte do distrito de Aveiro”.

Alteração do traçado

A Câmara da Feira tinha já assumido publicamente a sua oposição à designada solução A, que viria, contudo, a ser aprovada.

Emídio Sousa afirma que o traçado aprovado teve, entretanto, uma ligeira alteração que desloca a Linha “um pouco para poente” afetando menos habitações, mas sem ser a solução defendida na integra pela Autarquia.

O autarca lembrou que o traçado poderia colocar em causa investimentos de milhões de euros previstos para a zona industrial do Lusopark.

Ligação

Orçada em 4,5 mil milhões de euros, a Linha de Alta Velocidade prevê a ligação entre Lisboa e Porto numa hora e quinze minutos, com paragens em Leiria, Coimbra, Aveiro e Gaia.

Investimentos

Ainda na fase de apreciação do traçado, Emídio Sousa  considerou que as propostas da IP colocavam em risco investimentos de 100 milhões de euros e 1200 postos de trabalho, na zona do Lusopark.

Fonte: Jornal de Notícias




Fotos: MCLV


terça-feira, 4 de julho de 2023

Nova linha - Vale do Sousa


Nova linha ferroviária suburbana em via única de 36,7 quilómetros entra na fase de projeto com sete estações intermédias até Felgueiras e ponto de partida em São Martinho do Campo.

Arrancou nesta segunda-feira o concurso público para o projeto da nova linha de comboio do Vale do Sousa. Em causa está uma nova linha ferroviária de 36,7 quilómetros, que colocará a cidade de Felgueiras a menos de uma hora do Porto. Haverá sete estações intermédias nos concelhos de Paredes, Paços de Ferreira e de Felgueiras.

O trajeto terá início a sudeste da estação de Valongo, na proximidade do Terminal de São Martinho do Campo, ao quilómetro 19,6 da Linha do Douro. Até Felgueiras, a nova Linha do Vale do Sousa prevê a construção das estações de Gandra 2, Rebordosa, Lordelo, Paços de Ferreira, Freamunde 2, Lousada 2 e Longra, detalha a Infraestruturas de Portugal (IP) no caderno de encargos.

A Linha do Vale do Sousa permitirá uma viagem de comboio entre Felgueiras e Porto-Campanhã em 57 minutos, sem transbordos. Na hora de ponta, o comboio poderá ser mais competitivo do que a viagem de carro, que chega a demorar mais de uma hora neste período. De Lousada, Paços de Ferreira e de Lordelo, o percurso demorará 46, 39 e 35 minutos, respetivamente. O tempo total de deslocação na linha do Vale do Sousa será de 36 minutos.

A nova linha será construída em via única, exclusivamente para serviço de passageiros e com comboios suburbanos como os que circulam no Grande Porto. A velocidade máxima do novo troço será de 140 km/h, durante uma extensão de 24,8 quilómetros, ou seja, mais de metade do percurso.

Para permitir o cruzamento de comboios, a nova linha terá um segmento de duas vias entre Lousada 2 e Longra, onde será instalado um desvio ativo com 2 a 2,5 quilómetros de comprimento. Desta forma, na hora de ponta, será possível a circulação de comboios a cada 30 minutos por sentido.

A IP vai receber propostas para elaboração do projeto da nova linha até ao final do mês. Depois de o contrato ser assinado, a empresa vencedora terá 285 dias (cerca de 10 meses), para elaborar o projeto. O documento dará detalhes sobre o número de túneis, pontes e viadutos a construir, a localização precisa das estações, expropriações a fazer e ainda a tabela de velocidades da linha. O preço base do projeto é de 490 mil euros.

“A inserção do novo canal num território com orografia desafiante, povoamento bastante disperso fora dos principais centros urbanos, com zonas industriais, mas também agrícolas, bem como elevada densidade de infraestruturas rodoviárias implicará a execução de inúmeras obras de arte, quer viadutos quer túneis, de restabelecimentos desnivelados (a legislação em vigor não permite a criação de novos atravessamentos da rede ferroviária nacional) para minimização de interferências, atendendo às condicionantes a aferir em fases posteriores do estudo”, atenta a IP.

O estudo para a construção da Linha do Vale do Sousa faz parte do Programa Nacional de Investimentos para 2030. A nova ligação ferroviária deverá constar do Plano Ferroviário Nacional. Em maio de 2020, a nova linha implicaria um investimento de 181 milhões de euros, segundo estudo da consultora Trenmo, segundo o jornal Público (acesso pago) escreveu na altura.

Fonte:ecosapo