Protocolo para ferrovia de mercadorias retomar serviço de passageiros assinado esta quinta-feira, em S. Mamede de Infesta, Matosinhos.
Com a estação de S. Mamede de Infesta como cenário, e diante
do painel de azulejos que evoca o rio Douro e a ponte Luís I, no Porto, a
ambição ficou selada nesta quinta-feira à tarde: “Este protocolo não é o
último; ainda queremos mais, para ligar a Leixões”, afirmou a presidente da
Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, depois de ratificar, ao lado de
representantes da IP e da CP, o documento que garante a reativação do serviço
de passageiros da linha de Leixões entre Campanhã, no Porto, e Leça do Balio, em
Matosinhos.
“Vamos retomar o serviço até ao final deste ano. As pessoas
vão começar a andar de comboio e as exigências começam a surgir. E é bom que
comecem a surgir exigências por apeadeiros onde faltam, para que a linha não
fique em Leça do Balio e vá até Leixões”, disse o secretário de Estado das
Infraestruturas, Frederico Francisco, que acredita que, “mais tarde ou mais
cedo, a duplicação desta linha será uma inevitabilidade”, uma vez que a
reabertura do serviço a passageiros “cria a procura para que depois se vão dando
os passos seguintes”.
“Não tenho dúvida nenhuma de que o serviço de passageiros na
linha de Leixões, desta vez, voltará para ficar, porque será melhor do que era
em 2009, em que ia de Ermesinde a Leça do Balio e não incluiu a criação destas
novas estações na Arroteia e no Hospital de S. João, que vão servir dois polos
muito importantes de geração de procura neste eixo norte da cidade do Porto”,
lembrou o governante.
Soluções definitivas
Pedro Moreira, que preside à CP, também sublinhou que “a
criação de dependências na Arroteia e no S. João irá permitir ter um número de
passageiros que vai justificar a manutenção da infraestrutura e criar condições
que justifiquem, no futuro, outro tipo de investimentos, não só nas
infraestrutras mas no material circulante, que permitam a expansão do serviço,
nomeadamente a ligação a Leixões”.Por outro lado , o vice-presidente da IP -
Infraestruturas de Portugal, Carlos Fernandes, adiantou que, em lugar de
estruturas provisórias nos dois novos apeadeiros, o organismo “está a avaliar
se é possível construir já soluções definitivas”.
Investimento
A reativação do serviço de passageiros, que foi desativado
em 2011, implica um investimento de três milhões de euros, repartidos pelas
três entidades.
Dois serviços
Estão previstos até dois comboios por hora, por sentido, com paragens em Campanhã, Contumil, São Gemil, Hospital S. João, S. Mamede de Infesta, Arroteia e Leça do Balio.
Modernização
A IP indica que tem um projeto de modernização da linha de
Leixões, num investimento de 50 milhões de euros.
Fonte: Jornal de Notícias
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