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sexta-feira, 22 de março de 2024

Linha de Leixões vai ser reativada até Leça do Balio


Protocolo para ferrovia de mercadorias retomar serviço de passageiros assinado esta quinta-feira, em S. Mamede de Infesta, Matosinhos.

Com a estação de S. Mamede de Infesta como cenário, e diante do painel de azulejos que evoca o rio Douro e a ponte Luís I, no Porto, a ambição ficou selada nesta quinta-feira à tarde: “Este protocolo não é o último; ainda queremos mais, para ligar a Leixões”, afirmou a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, depois de ratificar, ao lado de representantes da IP e da CP, o documento que garante a reativação do serviço de passageiros da linha de Leixões entre Campanhã, no Porto, e Leça do Balio, em Matosinhos.

“Vamos retomar o serviço até ao final deste ano. As pessoas vão começar a andar de comboio e as exigências começam a surgir. E é bom que comecem a surgir exigências por apeadeiros onde faltam, para que a linha não fique em Leça do Balio e vá até Leixões”, disse o secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, que acredita que, “mais tarde ou mais cedo, a duplicação desta linha será uma inevitabilidade”, uma vez que a reabertura do serviço a passageiros “cria a procura para que depois se vão dando os passos seguintes”.

“Não tenho dúvida nenhuma de que o serviço de passageiros na linha de Leixões, desta vez, voltará para ficar, porque será melhor do que era em 2009, em que ia de Ermesinde a Leça do Balio e não incluiu a criação destas novas estações na Arroteia e no Hospital de S. João, que vão servir dois polos muito importantes de geração de procura neste eixo norte da cidade do Porto”, lembrou o governante.

Soluções definitivas

Pedro Moreira, que preside à CP, também sublinhou que “a criação de dependências na Arroteia e no S. João irá permitir ter um número de passageiros que vai justificar a manutenção da infraestrutura e criar condições que justifiquem, no futuro, outro tipo de investimentos, não só nas infraestrutras mas no material circulante, que permitam a expansão do serviço, nomeadamente a ligação a Leixões”.Por outro lado , o vice-presidente da IP - Infraestruturas de Portugal, Carlos Fernandes, adiantou que, em lugar de estruturas provisórias nos dois novos apeadeiros, o organismo “está a avaliar se é possível construir já soluções definitivas”.

Investimento

A reativação do serviço de passageiros, que foi desativado em 2011, implica um investimento de três milhões de euros, repartidos pelas três entidades.

Dois serviços

Estão previstos até dois comboios por hora, por sentido, com paragens em Campanhã, Contumil, São Gemil, Hospital S. João, S. Mamede de Infesta, Arroteia e Leça do Balio.

Modernização

A IP indica que tem um projeto de modernização da linha de Leixões, num investimento de 50 milhões de euros.

 

Fonte: Jornal de Notícias

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