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terça-feira, 8 de junho de 2021

Ligação ferroviária entre o Minho e a Galiza por Chaves

 


O presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, defende uma ligação ferroviária entre o Minho e o comboio de alta velocidade em A Gudiña, na Galiza, considerando esta opção mais vantajosa quer para passageiros quer para transporte de mercadorias.

“A nossa sugestão é que a ligação [com A Gudiña]seja feita ao Minho, mais concretamente Guimarães, ligando várias áreas populosas e ao mesmo tempo também com alguma produção industrial”, explicou o autarca.

Para Nuno Vaz, esta triangulação, com a ferrovia a atravessar o concelho de Chaves, seria vantajosa.

“Muito dos casos aquilo que é criado no Minho podia ter uma ligação mais rápida para Madrid e o resto da Europa”, concretizou.

O autarca flaviense lembra que a ferrovia envolve “investimentos brutais” mas que pensando a 15, 20 ou 30 anos seria “desejável equacionar esta necessidade”.

“Seria a ideia mais interessante e idónea. Teria mais utilizadores, quer cidadãos quer mercadorias”, acrescentou.

Nuno Vaz recorda que o Ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, defendeu a ligação ferroviária entre as cidades com mais de 20 mil habitantes, o que torna Chaves apta para integrar essa infraestrutura.

“É ambição atual fazer uma ligação, de transporte pessoal, mais ecológica, ambientalmente amiga, e pretende-se fazer estruturando as cidades de maior dimensão em Portugal”, apontou.

“A questão dos ecossistemas e as questões ambientais vão exigir novas respostas aos governos e esta será uma forma de a fazer”, acrescentou.

Com o tema a ter tempo para discussão, Nuno Vaz explica que a autarquia pretende “discutir, contribuir e dar respostas”.

“O que pretendemos é dar mais informações para que a situação seja de interesse para o país e também para algumas regiões do interior. Naturalmente que Chaves se integra nesse contexto”, frisou.

O presidente da Câmara de Chaves alertou ainda que em Portugal há historicamente “dificuldades em implementar grandes reformas estruturais em todas as áreas”, dando como exemplo o novo aeroporto em Lisboa, que tem “20 anos de conversa” e que ainda não foi dado o passo para a sua construção.

Ligação terrestre à alta velocidade em Espanha

Com a autoestrada a ligar Chaves a Espanha, o Alto Tâmega estará perto do comboio de alta velocidade que terá paragem em A Gudiña.

“Neste momento para transporte de passageiros A Gudiña está ligada naturalmente por autoestrada. Estaremos em 30 minutos nessa estação e em termos de combinação de modos de transporte, entre o que é a ferrovia de alta velocidade na Galiza e modo de transporte terrestre (autoestrada), ficará perfeitamente servido”, considerou.

Nuno Vaz defende é uma estratégia “mais exigente” e um pensamento “mias longe”.

“Desejamos ligar o país também a Espanha e desejavelmente à alta velocidade e não que fiquemos mais uma vez com um projeto pequeno. Se é para ser pensado a médio/longo prazo e para alocar fundos europeus, devemos fazer de forma adequada para que sirva o interesse da economia e cidadãos”, concluiu.


Fonte: A Voz deChaves, edição de quinta-feira, dia 3 de junho


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